Expressões, conflitos e organização virtual de motoristas de plataforma
Estratégias de coleta de dados na Cidade do México durante a declaração de isolamento pela COVID-19
Palavras-chave:
Plataformas digitais, organização virtual, etnografia digital, motoristas, UberResumo
Este artigo detalha a estratégia metodológica utilizada na coleta de informações para compreender a percepção da gestão do trabalho dos motoristas de aplicativos na Cidade do México a partir do estudo de caso da plataforma Uber. As condições da pesquisa foram adaptadas ao contexto das restrições derivadas da declaração de isolamento durante a pandemia de COVID-19 na Cidade a partir de março de 2020. De acordo com as limitações impostas pelo Estado Mexicano, foi necessário repensar e adaptar a metodologia da pesquisa para garantir os objetivos: identificar a percepção dos sujeitos sobre a gestão do trabalho, bem como as ações de resistência e organização contra ela. Dado que, por natureza, o trabalho de condução é individualizado e as condições da pandemia exigiam isolamento, este redesenho considerou as questões de investigação: Existem espaços de socialização? E como os sujeitos interagem neles? Portanto, o desenho da estratégia de recolha de dados incluiu quatro abordagens. Primeiro, o registro detalhado das interações dos trabalhadores de aplicativos digitais nas redes sociais. Segundo o monitoramento cuidadoso dos conflitos nessas plataformas por meio de notícias publicadas na internet. Terceiro, participação em fóruns e chats de motoristas para estabelecer conexões e facilitar posteriores entrevistas online e, por fim, cadastro como motorista-parceiro do aplicativo. Como resultado, foram identificadas diferentes ações de resistência individual, bem como quatro tipos de organização coletiva cuja virtualidade foi o ponto de partida.
Downloads
Referências
Antunes, R. (2018). O privilégio da servidão: O novo proletariado de serviço na era digital. Sao Paulo. Boitempo
Ardèvol, E. & Lanzeni, D. (2014) Visualidades y materialidades de lo digital: caminos desde la antropología. Anthropologica XXXII (33), 11-38. https://doi.org/10.18800/anthropologica.201402.002
Castells, M. (2000) La era de la información. Economía, sociedad y cultura. Vol.1. Madrid: Alianza Editorial.
Celis, J.C. y Valencia, N. (2012). “La deslaboralización de los empacadores en los supermercados colombianos”. En Celis, J.C. La subcontratación laboral en América Latina: miradas multinacionales. Medellin: Clacso. https://biblioteca-repositorio.clacso.edu.ar/bitstream/CLACSO/16304/1/Subcontratacion.pdf
Degryse, C. (2016). Digitalisation of the economy and its impact on the labor markets. Bruselas: ETUI aisbl. https://www.etui.org/sites/default/files/ver%202%20web%20version%20Working%20Paper%202016%2002-EN%20digitalisation.pdf
Estalella, A. & Ardèvol, E. (2007) Ética de campo: hacia una ética situada para la investigación etnográfica de internet. Forum Qualitative Social Research, 8(3). https://doi.org/10.17169/fqs-8.3.277
Ghotkar, M. & Rokde, P. (2016). Big Data: How it is Generated and its Importance. https://www.iosrjournals.org/iosrjce/papers/conf.15013/Volume%202/1.%2001-05.pdf?id=7556
Goldin, A. (2019). Protección del trabajo humano y cobertura social ¿Trayectos divergentes? [Conference paper].
Kellogg, K.; Valentine, M. & Christin, A. (2020). Algorithms at work: the new contested terrain control en academy of management annals. Academy of management 14 (1), 366–410. https://doi.org/10.5465/annals.2018.0174
Kozinets, R. V. (2015). “Netnography”. En The International Encyclopedia of Digital Communication and Society. DOI:10.1002/9781118767771.wbiedcs067
Linhart, D. (2016). Cuando la humanización del trabajo enferma a los trabajadores. Teuken Bidikay. Revista Latinoamericana de Investigación en Organizaciones, Ambiente y Sociedad 7 (8). https://revistas.elpoli.edu.co/index.php/teu/article/view/1034
Moya, M & Vázquez, J (2010). De la cultura a la cibercultura: la mediatización tecnológica en la construcción de conocimiento y en las nuevas formas de sociabilidad. Cuadernos de Antropología Social (31), 75-96. https://doi.org/10.34096/cas.i31.2729
OIT (2019). Las plataformas digitales y el futuro del trabajo Cómo fomentar el trabajo decente en el mundo digital. Ginebra: OIT. https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---dcomm/---publ/documents/publication/wcms_684183.pdf
Pacheco, E.; De La Garza, E. & Reygadas, L. (coord..) (2011). Trabajos atipicos y precarización del empleo. México: El Colegio de México
Pasquale, F. (2015). The Black Box Society. The Secret Algorithms That Control Money and Information. Cambridge: Harvard University Press.
Radetich, N. (2022). La uberización del trabajo. México: Siglo XXI Editores.
Rapp, L. (2019). El Trabajo en las Plataformas Digitales: Estudio del caso Uber [Trabajo de fin de grado en Derecho]. Universidad de Valladolid, Campus Segovia.
Redondas, J (2003, 24 de septiembre). Netnografía e identidades. Analista de DiceLaRed. https://netnografia.blogspot.com/
Reygadas, L. (2020). “Zolvers, rappitenderos y microtaskers. Trabajadores(as) de plataformas en América Latina”. En Palermo, H. & Capogrossi, L. Tratado latinoamericano de antropología del trabajo. Buenos Aires: CLACSO/CEIL CONICET/CIECS. http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20201117071349/Tratado-latinoamericano.pdf
Rosenblant, A. (2018). Uberland: How Algorithms Are Rewriting the Rules of Work. Berkeley: University of California
Srnicek, N. (2017). Platform Capitalism. Cambridge: Polity Press.
Strauss, A. & Corbin, J. (1994). Grounded Theory Methodology: An Overview. En Denzin, N. & Lincoln, Y. Handbook of Qualitative Research. (273–284).
Thompson, P. & Smith, C. (2009). Labour Power and Labour Process: Contesting the Marginality of the Sociology of Work. Sociology, 43(5), 913-930. https://doi.org/10.1177/003803850934072
Turpo, O. (2008). La netnografía: un método de investigación en Internet EDUCAR (42), 81-93. https://raco.cat/index.php/Educar/article/view/142550
Vidigal, V. (2021). Game Over: A Gestão Gamificada do Trabalho. MovimentAção 8(14), 44-64. https://doi.org/10.30612/mvt.v8i14.15018
Wacquant, L. (2019). Por una sociología de carne y sangre. Revista del Museo de Antropología, 12(1),117-124. DOI: 10.31048/1852.4826.v12. n1.24166
Zuboff, S. (2019). The Age of Surveillance Capitalism: The Fight for a Human Future at the New Frontier of Power. New York: Public Affairs.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Latinoamericana de Antropologia del Trabajo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.