Regimes alimentares, impérios alimentares, soberanias alimentares, movimentos alimentares
Palavras-chave:
Movimentos camponeses, América Latina, Luta pela terra, Reforma Agrária, Agronegócio, Questão agrária, Agroecologia, Soberania Alimentar, Politicas Públicas, Desenvolvimento territorialResumo
Este artigo analisa a relação entre os regimes alimentares, os impérios alimentares e os movimentos alimentares, propondo uma nova leitura da questão agrária e do desenvolvimento territorial. O campesinato sempre atuou na produção de alimentos como condição de manutenção de sua existência. Ameaí§ados constantemente pelos grandes proprietários, governos, corporações nacionais e multinacionais, os camponeses organizam-se em movimentos ou outras instituições para resistir aos processos de expropriação.Os movimentos camponeses da América Latina estão estre os mais ativos do mundo. Uma das razíµes de seu alto nivel de organização é sua história. Formados em territórios dominados por colonizadores, escravizados, subordinados, lutaram pela independência e pela liberdade. A pesar que, nas últimas décadas, o agronegóciotenha se territorializado sobre as ruinas das comunidades camponesas, a perseveraní§a do campesinato promove a persistente resistência na continua luta pela terra e pela reforma agrária. Conhecer as realidades dos movimentos camponesas na América Latina permite compreender a razão da sua existência, não pelo desenvolvimento da agricultura capitalista, mas pelo processo continuo a formação da agricultura familiar que se distingue cada vez mais agricultura convencional. Desde a década de 1970, o campesinato tem construido uma via agroecológica contra o agronegócio que desenvolve, cada vez mais, a plantação de commodities com agrotóxico para a produção de alimentos ultraprocessados. Essas realidades estão permanentemente nos nossos cotidianos, basta prestar atenção nos tipos de alimentos que estão nas nossas mesas no café da manhã, almoí§o e jantar. Poucas pessoas compreendem a importância do campesinato no nosso cotidiano. Eles são tão importantes como os médicos, porque também cuidam de nossa saúde, e porque produzem a maior parte dos alimentos que comemos.
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