Do direito à alimentação à o Bom Comer. Notas para uma questão agrária do século XXI
Palavras-chave:
Agroextrativismo, Questão agrária da alimentação, Comunidades camponesas indígenas, Direito humano à alimentação, Bom ComerResumo
O agroextrativismo e seus efeitos sobre o desfrute e o acesso aos alimentos nas populações dos países em desenvolvimento é, sem dúvida, uma questão pós-pandêmica que precisa ser reconceitualizada à luz dos efeitos devastadores da COVID 19 sobre a população com deficiências alimentares e nutricionais derivadas do desequilíbrio na cadeia de produção agroalimentar, no contexto atual da globalização das commodities: alimentos daqui, dali e de lugar nenhum, que chegam às nossas mesas sem identidade alimentar e cultural e com valor nutricional questionável. Por meio de uma análise descritiva, foi analisado o conteúdo bibliográfico relacionado ao agroextrativismo, publicado de 2000 a 2020, buscando reconhecer seu impacto nos sistemas alimentares de comunidades camponesas indígenas no México, no Caribe e no Cone Sul, considerando os efeitos sobre a biodiversidade dos ecossistemas e do conhecimento agrícola das comunidades, as mudanças climáticas e o gozo e o acesso ao direito à alimentação. Como resultado dessa revisão da literatura, foram encontrados novos elementos conceituais, reconhecendo o direito à alimentação como um direito humano dos camponeses; e o Bom Comer como a cosmovisão agroalimentar das comunidades camponesas dos povos indígenas da América Latina. Além disso, o direito à alimentação e o Bom Comer são paradigmas epistêmicos emergentes para o estudo e a análise da questão agrária no século XXI.
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